Esse progresso todo...


São inúmeros os momentos em que eu acabo silenciando minha vontade de vir aqui e escrever. A escrita tem uma importância em mim que por vezes prefiro negar. Por que será, me pergunto...

Do que tenho medo ao escrever? Medo de me sentir livre? Medo de me entender melhor? Será que quando descobrimos cada vez mais sobre nós mesmos, menos vamos nos amar e, por isso, preferimos fechar os olhos para o que somos?

Ah, como é triste e real isso. Porém, eu mesma, já passei por essa dor. Estou resolvida, finalmente, a respeito das minhas buscas e dos meus encontros com meus defeitos. Me amo com todos eles. Não os temo há tempos. O que seria então, agora, o fato de eu ainda fugir da escrita?

É com certeza um medo novo. Um medo que estou tentando decifrar (caso você ainda não tenha notado - desculpe-me por isso). Com sua ajuda talvez eu chegue lá. Seria medo de me sobressair, me destacar? Será que acertei na pinta? Ou seria medo de me entregar tanto à escrita e não querer voltar para o meu trabalho que hoje é meu sustento (os vídeos do YouTube)? 

Sinceramente acho que um pouco de cada uma dessas coisas transitam por meus pensamentos e me geram sentimentos conflituosos. Abandono minha renda? Serei como aqueles que para evoluírem espiritualmente abandonam bens materiais e vão morar em um mosteiro, no meu caso, abandonando um trabalho para aprofundar em mim através da escrita?

Sei que muitos acham... Faça tudo. Por que abandonar o que já deu certo? 
Como é doído ouvir de muitos: "Por que você não tem Tik Tok e nem Facebook? Você DEVERIA ter."
Não, eu não devo! Simplesmente porque não basta subir um vídeo, o mesmo vídeo do Instagram. Sou uma só que, como muitos, queria mais, mas como poucos, sabe o que realmente quer. E o que eu quero é escrever sem abandonar meus vídeos do YouTube. Mas ainda não consegui me organizar, pois de tudo, ainda priorizo a família. Antes de qualquer progresso financeiro, priorizo o progresso de conexão com meus filhos, meu marido e familiares. E sendo uma só, sou o que posso ser, escrevendo nos intervalos, conhecendo-me nesse exercício entre meditar, trabalhar e aproveitar a companhia das pessoas que eu amo.

É tranquilizador saber que a ambição em mim serve para que eu não me acomode, basicamente. Não ultrapasso com ela a linha do equilíbrio. Gosto de me lembrar: tenho o suficiente, mesmo que um pouco mais fosse vantajoso familiarmente falando. Mas há algo que não devo abrir mão: da minha essência e dos valores que escolho cultivar, pois em meu entorno há pessoas que em nome do progresso estão fazendo escolhas assustadoras e andam perdendo coisas em nome desse progresso que eu não abriria mão de maneira alguma.

Sou feliz e agradeço. Hoje mesmo, consegui escrever, que incrível! Parabéns pra mim.

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