MEDIR NA RÉGUA É SINAL DE ESTRESSE NO CASAMENTO | Coluna Talita Cavalcante



 Você provavelmente já leu o texto TÊNIS X FRESCOBOL, de Rubem Alves. Se ainda não leu, vou reproduzir aqui um trecho, em que ele compara o tênis e o frescobol ao casamento. Para ele existem esses dois tipos de casamento: aquele em que se joga tênis e aquele em que se joga frescobol.

"O jogo de tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo como bolha de sabão. O que busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui , quem ganha, sempre perde.
Já no frescobol é diferente. O sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois sabe-se que, se é sonho é coisa delicada, do coração. Assim cresce o amor. Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então, que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim…"

Casamento, para mim, deveria ser uma decisão, desde o início, de se entrar numa partida longínqua de frescobol.

No último final de semana, fomos ao sítio dos meus pais e lá haviam raquetes e bola de frescobol. Eu e meu filho jogamos com alegria e bom humor e foi oportunidade única de ensiná-lo sobre 'companheirismo', sobre sermos mais fortes juntos, mais capazes e, claro, o motivo de se fazer algo bem feito em conjunto.

Mas desde que conheci o texto do Rubem Alvez, toda partida de frescobol me faz recordar de sua analogia com o casamento e me orgulhar por ter me casado com um bom companheiro de partida.

Mas hoje, quero levantar algo que acho também importantíssimo para um casamento feliz: é um acordo entre mim e meu marido que levamos muito a sério:

Nunca medir na régua qualquer de nossos afazeres, obrigações ou mesmo carinho e outras coisas boas de receber do outro.

A régua não deve existir.

A régua é cobrança, é o desequilíbrio da balança.

E engana-se quem acha que a balança só se equilibra com uma régua, onde temos que dividir igualzinho cada obrigação da casa, com os filhos, com as finanças.

O equilíbrio tem a ver com a torcida por uma partida longa de frescobol. No casamento devemos fazer pelo outro sem medir na régua. Não importa se eu tenho que me esforçar mais do que meu marido para manter a bola no jogo no quesito lavar roupas e ele tem que se esforçar bem mais do que eu no quesito manutenção da casa. A grande verdade é que todos acham que se esforçam mais que o outro quando estão num casamento tênis e acabam usando a régua para medir tudo e diminuir os esforços do outro, buscando unicamente ganhar, se sentir o melhor na relação. Todos perdem e isto é triste.

Vou te dizer... se existe uma régua denunciando cada esforço do outro em seu casamento, jogue-a fora agora e tente jogar fora também as raquetes de tênis, comprando no lugar as de frescobol, tá?

Menos estresse, mais amor, zero régua e um lindo jogo de frescobol é o que desejo para seu casamento e para o meu!


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